Os dois tumores mais prevalentes, mama nas mulheres e próstata nos homens, podem ter uma via hormonal influenciando no seu desenvolvimento e progressão. A hormonioterapia é uma classe de medicamentos que tem por finalidade inibir a atividade hormonal destas doenças com o objetivo de interromper sua progressão. O mecanismo de ação da hormonioterapia acontece pela inibição dos receptores hormonais (antagonismo) ou pela supressão da produção destes hormônios (privação).
Além do câncer de mama e próstata, outros tumores também apresentam uma via hormonal no seu desenvolvimento, explica Dr. Diocésio Andrade. Temos como exemplo o câncer de ovário, da tireóide, da adrenal (glândula localizada próxima aos rins) e do endométrio. Estes tumores também podem ser tratados em algum momento com a hormonioterapia, sendo necessário o acompanhamento com um oncologista clínico para o manejo dos possíveis sintomas e avaliação dos resultados.
A imensa maioria das hormonioterapias são administradas na forma de comprimido, porém determinados medicamentos podem ser administrados através de injeção intramuscular ou no subcutâneo. Uma outra forma de tratamento hormonal é o cirúrgico ao retirar órgãos produtores destes hormônios, como os ovários nas mulheres e os testículos nos homens.
A hormonioterapia é mais bem tolerada quando comparada com a quimioterapia, porém não é isenta de efeitos colaterais. Os mais frequentes são: ondas de calor; diminuição da libido (desejo sexual); anemia; osteoporose; perda de massa muscular; obesidade; depressão. Estes sintomas devem ser prontamente diagnosticados e manejados pelo médico responsável.