A terapia alvo-molecular consiste em inúmeros medicamentos oncológicos direcionados a combater proteínas e/ou moléculas específicas que influenciam na replicação de células cancerígenas. Devido sua grande especificidade, nem todos os pacientes e nem todos os tipos de cânceres terão alvos moleculares a serem tratados com estes medicamentos.
A terapia alvo pode ser administrada por via oral ou endovenosa. Elas também podem ser associadas a um tratamento quimioterápico ou administradas em monoterapia. Os dois principais grupos de medicamentos que compõem a terapia alvo-molecular são as tirosina-quinases e os anticorpos monoclonais.
Apesar de ser dirigido quase que especificamente a uma alteração proteica/molecular de uma célula cancerígena, esta classe de medicamentos apresenta potenciais efeitos colaterais que devem ser prontamente diagnosticados e manejados pelo especialista, enfatiza o Dr. Diocésio Andrade.
Dentre os muitos efeitos colaterais podemos ter alterações na pele (dermatites ou síndrome mão-pé), diarreia, alteração dos níveis da pressão arterial, risco de sangramento, dentre outros.
Os principais tumores que apresentam algum alvo molecular conhecido e um tratamento alvo-molecular direcionado são: câncer de mama Her-2 positivo (aproximadamente 20% de todos os cânceres de mama terão a superexpressão desta proteína); câncer de cólon sem a mutação do gene KRAS (aproximadamente 40% dos tumores de cólon); câncer de pulmão EGFR mutado; melanoma com mutação do gene BRAF (50% dos melanomas apresentam esta mutação).
O acompanhamento com oncologistas especialistas é fundamental para que testes genéticos sejam realizados com o objetivo de identificar estas mutações e permitir que tratamentos alvo-dirigidos sejam realizados.