O diagnóstico do câncer de mama é feito através de biópsia de alguma lesão detectada por métodos de imagem (mamografia ou US das mamas) ou mesmo de nódulos notados pela paciente ou pelo médico ao realizar o exame físico. Com esta biópsia será definido o tipo específico de câncer de mama que a paciente tem (receptor hormonal positivo; Her-2 positivo; triplo negativo). Além disso, serão realizados exames de imagem para avaliar presença de metástases nos pulmões (Rx de tórax ou TC de tórax), fígado (US ou TC de abdômen total) e ossos (Cintilografia óssea). Finalizada esta primeira etapa do atendimento, teremos o estadiamento clínico da paciente que determinará o prognóstico e a terapêutica mais adequada.
O tratamento do câncer de mama passa sempre por pelo menos três profissionais: mastologista ou cirurgião oncológico, oncologista clínico e radioterapeuta. Considerando não haver metástases ao diagnóstico, certamente a paciente passará por um procedimento cirúrgico (conservador (retirada de um quadrante da mama) ou radical (retirada de toda a mama)), porém esta cirurgia poderá ou não ser precedida de um tratamento sistêmico anterior, conhecido como tratamento neoadjuvante (pode ser com quimioterapia ou hormonioterapia).
A definição da sequência terapêutica que a paciente se submeterá dependerá de quão avançado o tumor encontra-se ao diagnóstico e o tipo de tumor. Em tumores mais avançados (maiores que 2,0-3,0 cm; linfonodos axilares comprometidos) ou com subtipo desfavorável pela imuno-histoquímica (triplo negativo ou Her-2 positivo), o tratamento iniciará com quimioterapia e após paciente será encaminhada para cirurgia. Se a paciente possui tumores mais iniciais e sobretudo receptores hormonais positivos, o tratamento inicia-se com cirurgia com definição a posteriori de necessidade de quimioterapia, hormonioterapia e/ou radioterapia.
O Dr. Diocésio Andrade reforça o quão complexo é o tratamento de câncer de mama. É necessário a presença de um oncologista clínico capacitado e com excelente trânsito com seus colegas médicos (cirurgião e radioterapeuta) para a definição da melhor abordagem terapêutica para cada paciente em particular.