Os cânceres de cabeça e pescoço são tumores iniciado em qualquer das seguintes localizações anatômicas: lábio, cavidade oral, seios da face, glândulas salivares, tireoide, nasofaringe, orofaringe, hipofaringe e laringe. O fator de risco principal associado ao desenvolvimento dos tumores da boca/orofaringe/hipofaringe é o tabagismo (qualquer uma das suas modalidades). Especificamente relacionado ao câncer de boca temos como fator de risco associado à exposição solar (risco de câncer de lábio). Além disso, a infecção pelo HPV (papilomavírus humano) apresenta forte correlação com os tumores da orofaringe.
Os sintomas de surgimento destes tumores são os mais variados: lesões nos lábios, cavidade oral ou garganta que não cicatrizam após 15 dias; manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nas bochechas; surgimento de caroços no pescoço. É de suma importância acompanhamento regular com o dentista com o intuito de detectar lesões em seu estágio inicial para que sejam biopsiadas e feito o diagnóstico destes tumores.
O tratamento destes tumores depende de sua localização. A cirurgia é o tratamento de escolha nas lesões iniciais que acometem a porção anterior da cavidade oral (lábios, língua, céu da boca, bochechas). Já quando esses tumores acometem mais a região da orofaringe posterior e hipofaringe, pode-se discutir tratamento definitivo de quimioterapia e radioterapia devido a mutilação que um procedimento cirúrgico pode levar (é possível sim fazer cirurgia nos tumores desta região).
Recentemente, nos pacientes que apresentam doença metastática, a imunoterapia passou a ser uma possibilidade terapêutica em monoterapia ou em combinação com a quimioterapia na dependência da expressão de um marcador conhecido como PD-L1. O Dr. Diocésio Andrade enfatiza que todo paciente deve procurar um oncologista ou cirurgião de cabeça e pescoço tão logo note alterações persistentes nestas regiões com o objetivo da melhor estratégia terapêutica.