Câncer de Colo de Útero

O câncer de colo de útero é o tumor ginecológico mais prevalente em nosso país, acometendo sobretudo pacientes com nível socioeconômico mais desfavorecido, sendo mais incidente que o câncer de mama na Região Norte. O principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo de útero é a infecção pelo HPV (papilomavírus humano). Trata-se de um doença sexualmente transmissível, explicando assim a alta incidência deste tumor em países em desenvolvimento. Outros fatores de risco associados são: tabagismo, imunossupressão associada, estímulo hormonal estrogênico (endógeno ou exógeno).

Há dois tipos de prevenção a serem realizadas nesta neoplasia: primária e secundária. A prevenção primária tem como objetivo evitar a infecção pelo HPV, sendo a vacinação a medida mais eficaz. Ela está disponível no SUS para meninas entre 9 e 14 anos e mulheres imunossuprimidas entre 9 e 45 anos (há também indicação da vacinação em meninos entre 11 e 14 anos e homens imunossuprimidos entre 9 e 26 anos).

A prevenção secundária tem como objetivo detectar lesões precursoras que poderão transformar-se no câncer de colo de útero. Esta prevenção acontece com idas regulares ao ginecologista e realização de exame de Papanicolau para detectar lesões conhecidas como neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC1, NIC2 e NIC3). Uma vez diagnosticadas, estas lesões podem ser ressecadas com procedimentos pouco invasivos evitando a transformação em uma lesão invasora.

O tratamento do câncer de colo de útero dependerá do quão avançado foi o diagnóstico. Para lesões mais iniciais o tratamento de escolha é a cirurgia que deve ser realizada por mãos experientes (cirurgião oncológico e/ou ginecologista com experiência em oncologia) para aumentar a taxa de sucesso. Já para lesões diagnosticadas mais tardiamente o tratamento compreende quimioterapia e radioterapia concomitante sem necessidade de procedimento cirúrgico.

Nas pacientes com doença metastática inúmeros avanços têm acontecido nos últimos 5-10 anos com terapia-alvo dirigida no tratamento de 1ª linha e imunoterapia nas pacientes que progridam a este tratamento.        

Dr. Diocésio Andrade salienta que é fundamental o acompanhamento regular de toda mulher com seu ginecologista e se for diagnosticado lesões suspeitas ou mesmo o câncer de colo de útero há a necessidade de avaliação do oncologista conjuntamente com um cirurgião experiente no manejo de câncer ginecológico para a definição da melhor estratégia terapêutica.

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