Os cânceres de cabeça e pescoço são tumores iniciado em qualquer das seguintes localizações anatômicas: lábio, cavidade oral, seios da face, glândulas salivares, tireoide, nasofaringe, orofaringe, hipofaringe e laringe. O tumor de laringe é um dos mais prevalentes desta região, representando 25% de todos os tumores de cabeça e pescoço.

O fator de risco principal associado ao desenvolvimento dos tumores da laringe é o tabagismo (qualquer uma das suas modalidades).

A infecção pelo papilomavírus humano (HPV), apesar de ter estreita relação com tumores da orofaringe, também pode estar implicado no desenvolvimento dos tumores da laringe.

Os tumores da laringe podem acometer três regiões anatômicas distintas: tumores supraglóticos, tumores glóticos e tumores infraglóticos. Os sintomas dependerão de qual região anatômica está localizado o tumor, indo desde uma dificuldade para deglutir alimentos (tumores supraglóticos) até alteração da voz com rouquidão ou dificuldade para respirar (tumores glóticos e infraglóticos). 

Tão logo esses sintomas apareçam e persistam, os pacientes devem procurar um otorrinolaringologista ou cirurgião de cabeça e pescoço para um exame físico detalhado e a realização de uma possível biópsia diagnóstica, enfatiza o Dr. Diocésio Andrade.        

As duas modalidades terapêuticas no tratamento do câncer de laringe são: cirurgia ou tratamento combinado de quimioterapia e radioterapia. A definição de qual dos dois tratamentos deve ser realizado dependerá da localização e do tamanho do tumor.

A retirada total da laringe (laringectomia total) leva à perda definitiva da voz fisiológica e também à realização de traqueostomia, o que pode impactar a qualidade de vida destes pacientes.