O câncer de mama é o tumor maligno mais prevalente na população feminina no Brasil, excetuando-se os cânceres de pele não melanoma. Para o triênio 2020-2022 são esperados mais de 66000 casos novos/ano segundo dados da Estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer). A mamografia é considerada o único exame capaz de alterar a história natural desta doença, sendo indicada sua realização anualmente a partir dos 40 anos de idade (no SUS a indicação é a cada 2 anos entre os 50 e 69 anos).

Vários são os fatores de risco para o desenvolvimento deste tumor. O principal fator de risco é ser do sexo feminino (devemos lembrar que 1% dos casos ocorrem nos homens). A idade também é um fator de risco, com número reduzido de casos abaixo dos 40 anos. A exposição crônica ao hormônio feminino chamado estrogênio é também um fator de risco (1ª menstruação muito precoce; menopausa tardia; não amamentação dos filhos). A obesidade e a vida sedentária, além de fatores genéticos associados como mutação dos genes BRCA1 e BRCA2, são também outros fatores de risco associados a esta neoplasia.

O câncer de mama não é uma doença única. Após a biópsia diagnóstica é necessário a realização de uma exame chamado imuno-histoquímica. Este exame irá detectar algumas proteínas que podem estar expressas de maneira diferente em cada tumor. Os quatro marcadores mais importantes nesta avaliação são: receptor de estrógeno (RE), receptor de progesterona (RPg), receptor do Her-2 e Ki-67 (importante na divisão celular). Com a definição da expressão destes receptores/proteínas, conseguimos definir 3 grupos principais do câncer de mama: receptores hormonais positivos (RE e/ou RPg positivo); Her-2 positivo (associado ou não a expressão de receptores hormonais); triplo negativo (ausência da expressão de todos os três marcadores configurando o tumor de pior prognóstico).

O Dr. Diocésio Andrade enfatiza que a prevenção secundária através da realização de mamografias anuais a partir dos 40 anos é a orientação mais importante a ser seguida relacionada ao câncer de mama. E após o diagnóstico desta patologia faz-se necessário um consulta multidisciplinar (oncologista clínico, mastologista, radioterapeuta) para definir a melhor sequência de tratamento de acordo com as características específicas do tumor.

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