O maior avanço nos últimos anos na área da oncologia aconteceu após a descoberta da imunoterapia moderna. As células cancerígenas são capazes de se “ligar” às células de defesa do organismo (sistema imune) impedindo que as mesmas possam combatê-las. A imunoterapia moderna foi desenvolvida com o objetivo de impedir esta ligação das células cancerígenas ao sistema imune.

A utilização do termo “moderna” faz-se necessário pois a imunoterapia já era uma modalidade terapêutica antiga como no tratamento do câncer de bexiga com a instilação de onco-BCG intravesical ou no tratamento do melanoma com interferon.

A imunoterapia moderna é conhecida como inibidores de checkpoint. Pensando num sistema de chave-fechadura, as células cancerígenas ligam-se às células saudáveis do sistema imune levando à inatividade delas. Os inibidores do checkpoint vão funcionar como um bloqueador desta chave-fechadura liberando assim o sistema imune para exercer seu combate às células cancerígenas.

Não é todo tumor que apresenta resposta ao tratamento de imunoterapia. Os principais estudos de imunoterapia já publicados são relacionados ao tratamento do melanoma, câncer de pulmão, câncer de rim, linfomas, câncer de intestino, câncer de cabeça e pescoço. Recentemente novas publicações demonstram um potencial benefício para alguns tipos de câncer de mama, câncer de colo de útero, endométrio e câncer de esôfago.        

Apesar dos benefícios acima descritos, a imunoterapia não é isenta de efeitos colaterais, apesar de raros. Conforme explicado pelo Dr. Diocésio Andrade, os principais efeitos colaterais desta classe de medicamento estão atrelados a alterações imunológicas, tais como: inflamação da tireoide (tireoidite); inflamação do fígado (hepatite); alterações na pele (dermatite autoimune); inflamação no intestino (colite) levando à diarreia (diferente da diarreia causada pelos quimioterápicos onde há lesão da mucosa intestinal); inflamação nos pulmões (pneumonite); alterações endocrinológicas (diabetes, hipofisite).

São sintomas que devem ser detectados de maneira precoce para que possa ser instituída terapêutica adequada com corticóides ou imunossupressores.

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